segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Enigma do Mistério


Tão complexo quanto navegar os mistérios do cosmos é desvelar o enigmático da consciência almiscarada e consciente das propriedades de si mesma, é como uma eterna lagarta em forma de borboleta que por mais esplêndida vos pareça ainda é a forma larval de uma nova consciência.

O dito ser-humano, não tão humano quanto parece, objeto de estudos de si próprio desde os tempos imemoriais, decifra os mistérios de que se cerca erigindo perguntas e obras ao redor de si. Procura em vão por respostas nos confins do universo e da mente, finda seu objetivo e têm novamente o ponto de partida, têm para cada resposta uma nova pergunta.

Aquele que tanto pergunta tanto mais descobre, e quanto mais sabe, mais quer. Julgando ser o saber a verdadeira fonte de poder, quanto mais se teve, mais se pôde, de forma que alguns julgaram ser seus próprios Deuses e Demônios subjulgando outros homens e civilizações inteiras à seu próprio desejo e vontade.

Assim é o homem, capaz de entender quase tudo ao seu redor, tangível e intangível, pensável e inimaginável. Enquanto uns divagavam sobre as estrelas, eras depois seus filhos eram capazes não só de admirá-las mais de perto como também tocá-las.

Parece que o homem realmente tudo pode, ou quase tudo. Um tempo quase incontável da história "humana" nos ensina algo, aquele que é Deus e também Demônio de si e de seu vizinho, é capaz de entender tudo aquilo que o cerca menos uma coisa: os mistérios e a razão de sua própria existência. Capaz de observar até o mais longínquo recôndito do cosmos e não obstante incapaz de olhar verdadeiramente para dentro si, o homem compreende os "outros" mas não compreende o "eu", entende as consequências físicas e astrofísicas da matéria, mas não compreende a extensão e a conseqüência de seus nobres atos.

Entre antigos e novos, entre o homem propriamente dito, "almiscarar" têm sido o meio para atingir uma consciência mais elevada na busca pelo fim da existência, com valores e medidas diferentes, onde o único padrão é ter padrão nenhum de forma que o diferente possa ser o gênero e o variado sua espécie.

Huxley chamou isto de "atravessar as portas da percepção abrindo uma das portas na muralha", aquele que transpassar por uma destas portas tornar-se-a consciente de uma nova realidade; mas como dizia um velho amigo, lagarta esperta já vai nascendo borboleta!

Boom Shankar!

Um comentário:

Unknown disse...

te aaaaamo, meu lindo! ;*